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POLÍTICA | Impacto estimado é de R$ 64 milhões anuais

Câmara Federal aprova urgência para projeto que cria 18 novas vagas de deputados federais
Vagas aumentam para Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio Grande do Norte e Santa Catarina; texto vai ao Senado Fonte: Agência Câmara de Notícias


Bruno Spada/Câmara dos Deputados

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (8), o regime de urgência para o projeto de lei complementar que propõe a criação de 18 novas vagas para deputados federais no Brasil. Com a aprovação da urgência, a tramitação do projeto é acelerada e o texto pode ser votado diretamente no plenário, sem necessidade de ar pelas comissões temáticas.

A proposta, que altera a composição da Câmara com base nos dados mais recentes do Censo Demográfico de 2022, tem um impacto fiscal estimado em R$ 64 milhões por ano. O valor engloba salários, benefícios e estrutura de gabinete dos novos parlamentares.

Redistribuição de vagas

Segundo o texto, o número total de deputados permanece fixado em 513, conforme determina a Constituição. No entanto, a proposta redistribui as cadeiras entre os estados, com base na nova estimativa populacional feita pelo IBGE.

Com isso, estados como Santa Catarina, Pará, Amazonas, Goiás e o Distrito Federal devem ganhar mais cadeiras. Por outro lado, estados que perderam população relativa, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Piauí e Alagoas, poderão perder vagas. A proposta em debate prevê que nenhum estado perca representantes - uma escolha política que adiciona novas vagas em vez de redistribuí-las integralmente.

Debate sobre representatividade

Parlamentares favoráveis ao projeto argumentam que a atualização é necessária para garantir maior representatividade no Congresso, de acordo com as mudanças demográficas observadas nos últimos anos.

"O Censo de 2022 mostra que alguns estados cresceram muito em população e estão sub-representados na Câmara. Esse projeto corrige distorções históricas", afirmou o relator da proposta, deputado Domingos Neto (PSD-CE).

Por outro lado, críticos apontam que o aumento no número de parlamentares representa um custo adicional significativo ao contribuinte. "Não é o momento de aumentar gastos públicos, ainda mais com a máquina legislativa, que já é bastante onerosa", declarou o deputado Kim Kataguiri (União-SP), um dos que votaram contra.

Próximos os

Com a urgência aprovada, o projeto poderá ser pautado para votação em plenário nos próximos dias. Para ser aprovado, é necessário o apoio da maioria absoluta da Câmara (257 deputados), por se tratar de um projeto de lei complementar.

Caso e na Câmara, o texto seguirá para o Senado, onde também precisará de maioria absoluta para avançar.

O que está em jogo?

A discussão sobre o número de cadeiras na Câmara dos Deputados sempre gera controvérsias, especialmente por envolver temas como representatividade federativa, custo do Estado e equilíbrio político entre regiões. A criação de novas vagas também pode impactar o futuro cálculo do Fundo Partidário e do tempo de propaganda eleitoral gratuita, já que ambos são proporcionais ao número de parlamentares de cada legenda.




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